(aguarela sobre papel, sem data)
um lugar abstracto de copa aberta
o sangue pisado
a cal viva
as palavras cegas do poema.
(a minha pele de toupeira azul)
(aguarela sobre papel, sem data)
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blue
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1:50 da tarde
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(revisão por luís)
Sopras-me nos lábios
a sombra dos grifos
deixas-me a pele rasa
um corpo fóssil
na garganta do rio.
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7:05 da tarde
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(revisão por at)
sopras dos meus lábios
a sombra do voo dos grifos
os veios das escarpas
deixas-me a pele rasa
um corpo fóssil
na garganta quebrada do rio.
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11:59 da manhã
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finge que sopras dos meus lábios
a sombra do voo dos grifos
os veios das escarpas
e deixa-me a pele rasa
um corpo fóssil
na garganta quebrada do rio.
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11:13 da tarde
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© pedro morais, 2007
PAINT IT BLACK
o novo blog de pedro morais
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blue
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11:16 da manhã
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(caneta sobre papel, setembro 2007)
tenho cinco pontos fortes a meu favor
a mulher enumera estendendo a mão
sussurrando
(crescem no meu colo crianças de amor desgarrado e desinquieto
mantenho limpa uma sala que é quarto que é leito que é corpo o teu e o meu
que é ventre que é mesa na casa mansa onde não há portas fechadas
onde danço descalça sobre vidros, reflexos e penas
o olhar a pele os seios as mãos o sexo ávidos da tua presença)
cinco pontos fortes
os pés feridos, a cintura amarrada
a ânsia desesperada o olhar desmedido
a liberdade desamparada
e todos os dias morro mais uma vez só
definho sob a tua influência
(it’s a wonderful life)
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11:20 da tarde
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© cj
why stop time?
© pedro morais, 1990
le miroir devrait toujors réfléchir deux fois avant de retourner l'image
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7:32 da tarde
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(caneta sobre papel, setembro 2007)
encostada no teu ombro, respiro o odor da tua pele na minha mão
quando afastas sombras do meu rosto como quem desembacia uma vidraça
é quase noite
e a casa de quartos vazios escurece pouco a pouco
passada a hora dos pardais, caladas as cigarras
desligam-se os pulsos dos anseios, entrecruzam-se as artérias do silêncio
e vagueamos pelas divisões esperando ficar sózinhos
cada corpo e o seu vazio
deambulantes, sem saber o que fazer das palavras
o que fazer dos espaços demasiado ocupados
nas horas em que todos os lugares estão tão preenchidos
por tudo o que ainda falta fazer
e a inércia é uma rocha negra onde adormeço de olhos abertos
onde me colhe a madrugada dos corvos infectos
que me devoram a voz, que me arrancam o último olhar.
mas a tua pele cheira a lavanda
os teus dedos perseguem as sombras no meu rosto
e, num relance, sonho que sorrimos.
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blue
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2:57 da tarde
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