19.6.08


"As relíquias (do latim reliquiae, “restos”), são os despojos materiais deixados por um santo ou uma personagem sagrada ao abandonar o mundo terreno; podem ser partes do seu corpo, objectos pessoais, ou objectos que, segundo os crentes, ele santificou pelo seu contacto. São preservados para efeitos de veneração no âmbito de uma religião, encontrando-se normalmente associados a uma lenda ou história religiosa.(...)" excerto do texto da exposição de Maria José Goulão

É com base neste texto que 24 ilustradores portugueses aceitaram o convite de participação na mostra de ilustração "Memorabilia", esta exposição é uma continuação do "Homem Selvagem" na Galeria da Cozinha da FBAUP em 2007 e da vontade da FBAUP e do Dep. de Design de divulgar a ilustração e os seus processos de actuação."

inauguração no dia 20 de junho (sexta-feira)
às 17:00 no Átrio da Reitoria da Universidade do Porto

a exposição estará patente entre os dias 20 de junho e dia 4 de julho
segunda a sexta das 10:00 - 19:00 e sábados das 10:00 às 14:00


organização:
Júlio Dolbeth
Maria José Goulão
Rui Vitorino Santos

18.6.08

caminhos da memória

um blogue que pretende dar voz a diferentes formas de lembrar, de evocar e de interpretar o passado, recorrendo a leituras contemporâneas da história e da memória

Redacção:
Diana Andringa, Irene Pimentel, Joana Lopes, Maria Manuela Cruzeiro, Miguel Cardina, Raimundo Narciso e Rui Bebiano

Colaboradores:

José Luís Saldanha Sanches, José Medeiros Ferreira, José Vera Jardim, Nuno Brederode Santos

16.6.08

os detalhes repetem-se na deriva da caneta
no papel de algodão na tinta por aplicar
no que ainda não escrevi
irregular sou irregular
geométrica noutra hora curvilínea
nada sei de mim menos sei ainda dos detalhes
explícitos que te acompanham a que horas despertas
se ferve a água para o chá inglês se o teu cabelo cai sobre os olhos
se tombas as mãos na tina de ferro irregulares as tuas mãos
sob a água nada sei de ti nesse vagar já nada sei de ti
nada de mim assim tão irregular.







15.6.08

detalhes pontos de fuga início de uma outra história
é quase verão e já sinto a água da albufeira salgar o meu rosto
o funcho-marítimo cobrir o amplexo da falésia
piteiras-bravas núvens brancas darão corpo ao vento leste à nudez
às sombras
sobre a areia onde me estendo

é quase verão.



(lápis sobre papel, detalhes)

10.6.08

sabes quando me sento e tu não me olhas quando me desalinho
calço sandálias negras depois de polida a pele
empoeiradas as maçãs do rosto desenhados os lábios de carmim
sabes poderia ser um arrufo um arremedo inútl
mas é apenas um recuo ergo-me como se não carregasse outro peso
que o da minha vontade que outro peso não é
o de um lugar ermo onde às vezes as tuas mãos me resgatam
quando me enlaças
um olhar semicerrado como se fora um dia de verão
na falésia onde o vento nos empurra um contra o outro
e é inevitável que me beijes
a pele seca dos dedos dos lábios das pálpebras
às vezes um dia de verão um desalinho.



5.6.08

dia 7 de Junho de 2008


apresentação de
ISABEL LOPES DELGADO
.
músicos convidados
Xavier Llonch
João Vaz Pinto

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