não te mexas
desenho o sulco da carótida
a curva das pálpebras
abstraio-me no fluxo do plasma
reverberam tímpanos transcorro ventos
atravessam-me areias como setas
sou o caos logo depois o botaréu
como ser para lá da linguagem que me conforma
sobram papéis ausências como andaimes
sintomas do livre exercício
um ermo lugar esse que me destino
não te mexas.
26.2.09
Posted by blue at 11:29 da tarde
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9 comentários:
vais sempre muito além da linguagem que me conforma...
magnifico
beijinhos
susana
Fascinante.
A magia que precisava para energizar o meu dia.
Continua a ser-me extraordinariamente gratificante cada vez que me demoro um pouco por cá!
A impressão que tive é de algo sureal, leve e extremamente expressivo, mas como se tudo que é dito na verdade não se ouve, não consigo explicar muito o que me passou, talves seja pelo fato de ter me passado mais sentimento e energia do que ideia sobre o que realmente é. Em suma: achei extraordinario...
Voltarei outras vezes.
Abraços.
Fantásticos textos. Quadros.
Abraço
E assim fico
quedo
Blue,
Recuo até à minha infância. Avanço até um dia qualquer. Tudo pela mão da tua escrita.
Viajante de emoções.
que poema fantástico!!
ó blue, é lindo!
beijos
Sim, eu fiquei sem me mexer enquanto lia... como se cada pessoa que lesse pudesse ser desenhada.
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