15.9.08

fazes-me falta sempre que pouso a cadeira de verga sobre a gravilha do vergel
assim como um espaço em branco um vazio
trago um vestido curto de estopa grossa cicatrizes nos joelhos
abraças-me devagar e eu penso
o que vêem os olhos quando não vêem
o que fazem as mãos quando presas pelos pulsos
hesito em designá-las
tu dizes são o delta do Nilo do Benares
o tomento das palavras
fazes-me falta fazes-me falta cantarolo
se passar os dedos no teu cabelo
se os passar muito devagar será que o sabes
será que o adivinhas?



7 comentários:

Scarlata disse...

Oh minha doce insonia, fiz bem em vir aqui. ;)

CNS disse...

"o que vêem os olhos quando não vêem". Belo. Muito, Blue.

hfm disse...

Em silêncio, lendo.

isabel mendes ferreira disse...

como a Helena...:)))lendo. sempre.





como não?



beijo Blue.

Anónimo disse...

bom poema

Anónimo disse...

subtil baloiçar nostalgico da cadeira de verga do poema...
voltarei.

Anónimo disse...

Lindo!
bj
marisa

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