© margarete
na entrada do quarto encontro troncos de árvores que
como vasos sanguíneos atravessam o chão que me ampara
e o tecto que me cobre enquanto afasto do meu olhar folhagens imaginárias.
quando chegar o último sono de inverno
por entre as sombras da mata e o voo dos corvos
quero sentir os teus joelhos dobrarem as minhas pernas
enquanto me abraças os ombros a partir dos cotovelos desarmados
inclinar o rosto sobre o teu peito e sentir as tuas mãos recolherem
da minha face a caligrafia dos terrores diurnos
e sentir na pele a luz a terra húmida e perfumada.
31.1.08
Posted by blue at 7:00 da manhã
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Arquivo do blogue
- março (2)
- fevereiro (2)
- janeiro (3)
- dezembro (3)
- novembro (5)
- outubro (5)
- setembro (10)
- agosto (9)
- julho (8)
- junho (5)
- maio (10)
- abril (16)
- março (13)
- fevereiro (3)
- janeiro (10)
- dezembro (17)
- novembro (15)
- outubro (9)
- setembro (8)
- agosto (12)
- julho (11)
- junho (8)
- maio (13)
- abril (7)
- março (13)
- fevereiro (8)
- janeiro (15)
- dezembro (9)
- novembro (10)
- outubro (15)
- setembro (13)
- agosto (10)
- julho (14)
- junho (15)
- maio (20)
- abril (17)
- março (23)
- fevereiro (18)
- janeiro (32)
- dezembro (13)
- novembro (18)
- outubro (13)
- setembro (15)
- agosto (12)
- fevereiro (1)
- janeiro (4)
15 comentários:
Muito bonito, como sempre.
;)
a tuA ESPECIAL CALIGRAFIA....ESTÁ no piano.
aqui soletro a face da beleza. de saber ser.
beijo.
obrigADA.
«inclinar a face sobre o teu peito e sentir as tuas mãos recolherem
da minha face a caligrafia dos terrores diurnos»
vou levar este poema comigo, blue ***
Qundo as árvores se inspiram
soltam pássaros
musicalidades
De tudo o que estive a ler, este é definitivamente um espaço onde me sinto bem. Obrigado pela escrita. Obrigado pelas palavras. Obrigado ao Piano por me ter proporcionado estes momentos.
Quem me dera ter uma jukebox aqui disponível para escolher canções com mais ternura para ouvir e partilhar. Resta-me o iTunes. :)
continuo a ler, a ver. a apreciar, a gostar e muito.
um beijo
belo o rosto sobre o peito. e o exorcismo dos terrores diurnos...
musical. como teclas de um piano. dedilhado...
Troncos feitos mãos
o amor feito raíz.
Deixas aqui uma árvore. A da vida
beijo
(Lindas as tuas magnólias)
Que bem que me fez entrar neste 'cheiro' a primavera!
num Domingo de Carnaval tristonho e feio.
abração
Que suavidade ...
que beleza !
(com dificuldades de tempo e de acesso tenho passado de fugida, mas, encontro sempre AQUI algo que me prende ...)
Bj* Blue
iv
se ontem não tivesse sido ontem, e hoje fosse muitos ontens atrás, estas seriam as palavras que me vestiam em tons de festa...agora estas são as palavras que me despem em tons de despedida e ausência...até outro hoje
ff
...enquanto caem as flores
e caem
e caem.
vim. re.sentir tua luz.
perfumada. de todo o branco.
o mais puro.
e re.agredecer.Te.
gostei muito deste poema. sublinho exactamente o mesmo que a margarete.
Enviar um comentário