(técnica mista sobre papel, 1985)
cobre-me uma ansiedade errónea
ignoro que laço me sustentará o corpo devoluto
tu vês-me como um estranho amplexo de palavras perdidas
caixilho de palavras amputadas e esgotadas
onde se reflectem inefáveis contratempos
vozes soltas, dispersas como a folhagem primaveril que nos ensombra
enredadas na ausência do vapor solar
do sopro ensandecido que varre o canal até ao cais de pedra
onde te amarraste, indolente.
eu sou, de facto, esse estranho nó que usaste para ficares
a manhã não é rósea, não respira
e ignoro que laço me sustentará o corpo devoluto.
8 comentários:
e se calhar ainda bem que o ignoras...
as amarras soltam-se com os sopros do tempo.
escreves bem. desenhas bem.
quem és tu?!... existes?!...
beijo
B.
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incrível nó.
_____________
boa noite Blue.
Obrigada.
estranhos laços nos sustentam
"a manhã não é rósea, não respira"
belíssimo ...
um beijo anilado de madrugada
B*
i
s
a
b
e
l
Os pasteis sempre meencantaram, é uma técnica que gosto particurarente de executar...sou professor de artes e o teu espaço é para mim um cantinho de inigualável frescura...
Doce beijo
hmf
bandida
isabel
ana
isabel victor
alquimista
obrigada.
laços
nós
laços
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