todos nos olham sem tormento, sem alento.
vão-se horas, medos desenganados
que negra é a cor do destino do meu amor.
negra como a noite que se afogou sem madrugada
ferida pelos vultos crus
de quem passa apenas colhe ausências vis
flores indolentes
e se um plano de luz intenso ergue sombras arbóreas, solares
reflexos do planeta absorto em que nos encontramos
e se vozes secas se reúnem pelas ramagens capilares
assim definham
porque eu sou essa negrura que roubou as asas silenciosas do meu amor
e sem cor é o olhar que me reservo
a pena por tão grande dor.
27.1.07
Posted by blue at 12:44 da tarde
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4 comentários:
dia 11:
porque SIM.
:)
Lindo de Morrer!
...de uma beleza assustadora!
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