12.1.07

é quando me debruço sobre a tua pele clara
que o meu corpo curva e desespera
ao deparar com a febril tristeza
que dos teus olhos os meus colhem
como gestos à tona de um abismo.

(quisera que nenhum outro corpo de mim te arrancasse)

e, no entanto, só sei como imaginar
a tua pele à sombra dos meus cabelos,
breve horizonte de manhãs por luz e ventos transtornadas.
e se a tua boca, de paixão envenenada,
pudesse morrer sobre a minha boca
e os teus gestos, como caules, no meu corpo entrelaçados,
ah como seriam os dias desse outro tempo!

6 comentários:

blue disse...

1992, encore.

Anónimo disse...

belíssimo, encore.

beijos

Anónimo disse...

lindo!
sandra

Anónimo disse...

obrigada!
este é dos meus preferidos.

Laura Ferreira disse...

e dos meus!

manhã disse...

lindo, que não cesse a pena, e não se afaste a inspiração!

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