pilhas de livros no chão da livraria na mesa no balcão
uma cave onde se alojam volumes e segredos
longe da montra sobre a rua face a face
uma casa de brinquedo um conto de reis
uma resma de livros nos dedos manchados de tinta.
já passa das dezanove encerras o escritório
antes de subir contaras
geométricos azuis-bébé verdes-retrete azulejos polidos
o aleatório visual transformado em pauta no córtex do dia
contaras depois as horas os estalidos do isqueiro os requerimentos as alocuções
as mudanças de tonalidade no céu colhido pela janela basculante
observaras os rolos de fumo acumulados na massa de ar do compartimento
atribuíras-lhes palavras um jogo mas
adormecida fica a máquina de escrever agora que se foram o sócio e a secretária
os lances de degraus atravessam-se no sentido contrário e
num sopro de laca o Outono varre a cidade
da penumbra dos cedros do Líbano às folhas de carvalho
que crianças perseguem no saibro vermelho.
13.10.09
Posted by
blue
at
1:18 da tarde
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5 comentários:
Lindo ...
... e obrigado.
Se me prometeres que este teu sitio não se apaga,
juro que continuarei a "imaginar" ;)
de repente, quando o poema se compunha, a tua imagem parecia feita de propósito para ele - ligações que se vão construindo no subbconsciente :)
... obrigada eu!
Sei que me repito. Mas a tua poesia é isso. Silabas de luz. Ar. Belíssima.
poema e imagem perfeitos! (parabéns aos dois)
alertas todos os sentidos: vemos, ouvimos, cheiramos,
sentimos...
és mestra, Claúdia. (para quando um livro?)
Um beijo
marisa
Sim, perfeito.
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