26.8.08

todas as manhãs nos bancos da locomotiva que agosto esvazia
todas as manhãs abandonadas à frequência atonal
ao silvo que estremece os canaviais

levantam-se bandos de rolas cintilam álamos nos barrancos que o rio alaga
todas as manhãs do mundo nessa meia-hora que circunscreve a treva
as poeiras o burgo o asfalto.

4 comentários:

JPN disse...

"todas as manhãs do mundo nessa meia hora..."
:)

Menina Marota disse...

e nessa meia-hora o mundo gira... e quase nem percebemos...

Bj ;))

isabel mendes ferreira disse...

em todas as horas....sempre que a possibilidade existe...estou, aqui.


para a ler.


.


beijo Blue.

L. disse...

e depois o estrondo o rodar dos cilindros a câmara vazia e fumegante

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