(tinta-da-china sobre papel, 1990)
encontro-te por vezes nesse lugar ermo
de silêncios impuros e crepúsculos indolentes
que atravesso tão depressa quanto uma bátega de abril tão depressa
que o teu olhar quase não reconhece a intranquilidade que me assola
enquanto descem persianas correm estores e baixam pálpebras
do outro lado da rua ao entardecer.
20.4.08
Posted by blue at 10:35 da tarde
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Arquivo do blogue
- março (2)
- fevereiro (2)
- janeiro (3)
- dezembro (3)
- novembro (5)
- outubro (5)
- setembro (10)
- agosto (9)
- julho (8)
- junho (5)
- maio (10)
- abril (16)
- março (13)
- fevereiro (3)
- janeiro (10)
- dezembro (17)
- novembro (15)
- outubro (9)
- setembro (8)
- agosto (12)
- julho (11)
- junho (8)
- maio (13)
- abril (7)
- março (13)
- fevereiro (8)
- janeiro (15)
- dezembro (9)
- novembro (10)
- outubro (15)
- setembro (13)
- agosto (10)
- julho (14)
- junho (15)
- maio (20)
- abril (17)
- março (23)
- fevereiro (18)
- janeiro (32)
- dezembro (13)
- novembro (18)
- outubro (13)
- setembro (15)
- agosto (12)
- fevereiro (1)
- janeiro (4)
14 comentários:
infinitos e belos relances...
gostei muito. do poema
Que lindo, isso è um canto de Lisboa nao é? Tenho a ideia que fica ali para os lados do antigo acquario, mas eu ja' nao posso confiar na minha memoria...
Pelo texto e pela imagem, fiquei com vontade de espreitar o outro lado da rua e de escrever sobre isso. Talvez suba as escadas íngremes e fique lá por cima, num dos últimos degraus.
abraço
P.
pura poesia, nunca é de mais dizê-lo.
poucas linhas que encerram tanta beleza. um brinde à poetisa!
beijos
marisa
Gostei. A sério.
volto a encontrar-te aqui, em ruas e entardeceres que nos redimem. e volto a encontrar paz nas tuas palavras.
tanto em tão pouco
gostei muito . das palavras e do desenho (ao mínimo detalhe)
um beijo
Sou-me como uma bátega de Abril. Intensa, deixando no fim o cheiro de melancolia.
um beijo
obrigada Blue.
eu sei reconhecer esses silêncios impuros...
belo post, claudia.
beijo!
as bátegas de abril são perigosas ao ponto de abrir brechas na pele.
lindas as palavras... lindas.
o gerard castello-lopes não tem uma foto deste sítio, blue?
um abraço.
é bem possível, brumo béu, usei uma fotografia, mas já não sei de quem, já foi há tanto tempo. julgo que é uma fotografia de paris. o desenho foi feito para a capa de um livro chamado "o homem do vw branco da minha juventude", da catherine axelrad, publicado pela editorial estampa.
Enviar um comentário