(tinta-da-china sobre cartolina, sem data)
em decomposição, a tarde
palavra a palavra em decomposição
o tempo, o corpo, a voz.
em volta, as paredes alvas de cal, o tecto elevado pintado de cores suaves
a cabeceira da cama em cerejeira, o brilho debotado do verniz de boneca
os travesseiros que amparam a linha de nuca
os dedos emaranhados nas borlas de lã
os planos de linho lavado onde esmorecem calafrios
uma face que se afunda no antebraço cavo de um beijo
a quietude perfuma o silêncio, os livros de bolso de papel escurecido.
24.7.07
Posted by blue at 9:46 da tarde
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7 comentários:
como eu adoro sinestesia...
revejo-me aqui. em certas tardes.
lindo. um beijo
Tanta calma...daquela que só as tardes lânguidas e belas possuem...
a linha que cinge o movimento, calada a noite mora no dia...e é tarde para madrugada....
um abraço
Tranquila esta tua tarde, quase um regresso às minahs tardes de menina.
beijo
Serena em memória... recordando...
Quietude.
Bj.
Olá Blue
Anda por aqui o fantasma do Paul Bowles? e anda muito bem.
Belo.
Bj.
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