eis-me face ao teu rosto claro:
o meu corpo quebrado como uma planta recentemente colhida.
a boca entreaberta, apavorada,
fugindo da tua pele,
perdendo-se nos teus cabelos,
quasi abandonada pelo teu cheiro embriagada,
enforcando-se no rasto do teu olhar,
para sempre encerrada nesse desejo de te beijar.
e os meus olhos,
em cujo destino busco o movimento irresistível:
as pálpebras cerradas como da noite se tratasse,
erguendo-as lentas e sossegadas,
deslumbrando um olhar como único dia,
para que nele a tua vida afogasses.
e os meus olhos venenosos,
buracos para que em mim te debruces,
fatais e sem outro destino
que não o de um tombo eterno e sem retorno.
e os meus olhos entristecidos.
e os meus olhos sós.
deles fugiste como se do diabo se tratasse.
7.1.07
Posted by blue at 2:02 da tarde
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Arquivo do blogue
- março (2)
- fevereiro (2)
- janeiro (3)
- dezembro (3)
- novembro (5)
- outubro (5)
- setembro (10)
- agosto (9)
- julho (8)
- junho (5)
- maio (10)
- abril (16)
- março (13)
- fevereiro (3)
- janeiro (10)
- dezembro (17)
- novembro (15)
- outubro (9)
- setembro (8)
- agosto (12)
- julho (11)
- junho (8)
- maio (13)
- abril (7)
- março (13)
- fevereiro (8)
- janeiro (15)
- dezembro (9)
- novembro (10)
- outubro (15)
- setembro (13)
- agosto (10)
- julho (14)
- junho (15)
- maio (20)
- abril (17)
- março (23)
- fevereiro (18)
- janeiro (32)
- dezembro (13)
- novembro (18)
- outubro (13)
- setembro (15)
- agosto (12)
- fevereiro (1)
- janeiro (4)
1 comentário:
mais um de 1992.
Enviar um comentário