30.9.09
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28.9.09
26.9.09
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24.9.09
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22.9.09
os quartos cheios e eu entalada por corredores de silêncio
tragada por mim própria insone
sem lugar outro para deambulações ou equívocos
sem interlocutor ou reflexo
escolho livros das estantes empilho-os junto ao sofá
caiem durante a noite da mesa de cabeceira
pesam-me o sono o peito os bolsos a carteira
entopem passagens
inquieto-me
perpassam-me sombras de poemas
velozes como fotogramas
desenho árvores de palavras
equações de sobressaltos
impeço-me de respirar.
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21.9.09
9.9.09
7.9.09
© cj
como sempre identificarei este verão pela leitura de alguns livros
Os meus prémios do Thomas Bernhard
A mesa limão do Julian Barnes
Morte em Veneza em vez d’A Montanha Mágica do Thomas Mann
A sangue-frio do Capote por preço de saldo
nenhuma poesia
uma lista que deambulou entre a mensagem electrónica de R.
e os escaparates das livrarias
sou demasiado preguiçosa para anotar os livros que leio
os meus livros de verão são
viagens por outros paralelos economato de impossibilidades
condensada sintaxe de figuras
ideogramas para a morte
agora que estamos quase na próxima estação
deixam-me em estado de alerta
entregam-me a insónias atravessam pesadelos diurnos
alimentam extensos dias de trabalho
nenhuma poesia repito excepto a que L. traduziu
o maior número de filmes possível entre o cinema e o clube de vídeo
o maior número de vezes para escutar
Zach Condon
Owen Pallet
Win Buttler e Regine
afasto-me pouco a pouco
imersa na invisibilidade que me atribui um final
esqueço-me dos mortos esqueço-me dos debates eleitorais desenho
raparigas de cabelo vermelho que escrutinam cutículas e digitam mensagens
em telemóveis de última geração
rapazes de penteados artificialmente revoltos personagens de manga
mulheres-a-dias e os seus crochés
quero sentar-me ao largo das suas conversas
das suas pequenas misérias hospitalares
imaginar-me a solo sem desígnio
aguardando sem nada esperar
encontro-lhes porém outras histórias
às vezes aquelas que leio nos meus livros de verão
não estou de férias pouco descanso pouco durmo
a memória trai-me
o tempo falha-me
ausento-me do que não deveria
outros se ausentam de mim
um verão por interpostas leituras vou hoje arrumá-las
por ordem geográfica nas prateleiras do corredor.
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