25.4.09
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hoje, dia 25 de abril. para o meu Pai.
coimbra, crise académica 61-62
"(...)
A progressiva substituição do corporativismo pelo sindicalismo, com a consequente adesão a modos de pensar e agir mais empenhados socialmente, fez-se também através da transfiguração de algumas formas de exercício praxista, de maneira a poderem servir de veículo de contestação social. Na Latada de 1961/62, por exemplo, empunharam-se cartazes humorísticos de evidente alcance político, como “o Tó [Salazar] tem um cancro. Coitado do cancro”(...)"
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22.4.09
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19.4.09
17.4.09
© filipa júlio
hoje, as palavras que me emocionam estão aqui.
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16.4.09
15.4.09
© andré bonirre
maravilho-me com o céu esteja ele como estiver
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12.4.09
9.4.09
5.4.09
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3.4.09
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1.4.09
rua fora
os sentidos cercados pelo descompasso da valsa que o rapaz corrompe
uma caixa aberta um trompete um cavaquinho
o revérbero inesperado
a banda sonora que me transporta
à banda da procissão
à banda do baile
à banda da associação
por passadeira de flores
tão solene mordomo da festa
vagas de transeuntes no insólito solar
quão distante estou de Palermo dos Balcãs do Minho
desenho mulheres e rapazes adormecidos
é tão mais fácil fixar quem não nos toma de assalto
a mulher que desenho parece um pássaro
um desses corvos-marinhos que a temperança trouxe aos baixios do rio
avisto-a por entre canaviais
ensopo os sapatos ao caminhar na sua direcção
sem ensaio nem suporte nem muleta volante
tem as sobrancelhas as pálpebras o cabelo o casaco de malha negros
na pele condensa-se uma nuvem
sobe o nível da água até aos maxilares desmancha-se-lhe o casaco o sexo
cheira a grafite e aos meus olhos acorrem imagens como manchas de óleo
bosques de papiro o cordame de uma vela
o meandro de um ímpeto a ausência de uma sina
por vezes seria mais fácil dizer palavras numa outra língua como
walls gone over the sea
imaginar quatro paredes abertas ao vendaval
desaparecer entre elas e surgir do outro lado
entre o que ouço e o que escrevo o que vejo e o que sei
não tomo notas à medida que caminho
atravesso o parque de estacionamento
a escavação arqueológica
o lajedo do refeitório do colégio
os estratos compostos por escombros
um escudo vinte e cinco tostões garrafas de plástico muros de pedra
uma superfície intacta de reboco feito à colher
o programa do procedimento o caderno de encargos
tapumes palas sobre os olhos as árvores derrubadas na praceta
esqueletos nas sombras do Jardim quão distantes
e próximos de mim que desenho mulheres nos bancos do comboio
assinalo os cílios as rídulas os botões o trejeito da boca
o vocabulário visível que me indica
a professora a mulher-a-dias a enfermeira a balconista a auxiliar de educação
antes na plataforma que a manhã cobrira de gelo tendo a serra por encosto
logo depois rua fora caminhando contra vagas de cotão e pólen
no descompasso que lhes reserva cada dia
imagino-as sobre passadeiras de flores.
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