chegas trazendo a morte como uma criança pela mão
atravessas os juncos enlameados pisas as gramíneas
arrumas no bolso o coração abalado sacodes o vestido branco de lã
abres o caderno vermelho e escreves o teu nome
escreves
pétala pedúnculo gineceu.
a morte ficou parada com os seus grandes olhos fitos
nas poeiras cansadas do Levante
escuta palavras omissas vozes falsas
no peito traz a planta vascular com sementes de cal
a braçada de magnólias de onde colhes o meu nome
de manhã caiem sombras, muito devagar
disse. caiem com as pétalas negras das camélias
definham com o perfume das tangerinas.
12.3.08
Posted by blue at 11:09 da tarde
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3 comentários:
As folhas caem
caem, mas não é Outono ainda
Caem à míngua da água do afecto
do calor do sorriso...
Caem caem caem
e é quase Primavera...
A morte ficou parada no coração?
Lindíssimo texto!
Gosto como suas palavras fluem lépidas, soltasoltas.
Beijos!
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