3.6.07













"Infância não é tempo, é lugar (mais que lugar um sítio concreto).
Nesse sítio se fundam, é sabido, raízes. Que todavia, imaturos frutos nele continuem, tantos anos depois, a persistir, eis o que constituti decerto o mais feliz e inquietante dos milagres. (...) o Gino (Virgínio Moutinho) continua a fabricar máquinas desejantes de brincar (desejantes daquilo que, em qualquer lugar de nós, continua a ser capaz de infância). São máquinas de rasura, feitas de coisas pobres e elementares: madeira, chapa, arame, ar, movimento. E, principalmente, de deslumbramento. Também a infância foi uma vez feita da deslumbrada matéria dos sonhos. Agora, dos nossos sonhos, restam papéis pelo chão, destroços. E resta, como um gnomo antiquíssimo, o Gino apanhando do chão os nossos sonhos."
(manuel antónio pina, 2000)

4 comentários:

Scarlata disse...

deve ser bem fixe essa esposiçao.
;-)

blue disse...

é fantástica, scarlata, acho que ias gostar muito.
eu sou uma fã incondicional há muito muito muito tempo!

orgasmus disse...

Falas de espaços onde a arte impera. A crueza da dor.

Anónimo disse...

obrigada por tanta beleza.....



Blue.


que nunca te falte.



beijo.


imf/piano/

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