entreabro o caixilho e sinto o céu de lápis
arco perfumado sobre capitéis de folha de palma
exultante, lavado de mágoas
e respiro
pólen, poeiras, poalha
esquecida por momentos reflexos
ocultas que estariam as sombras pela incidência solar
deste meio-dia.
(ouvem-se as carpas no tanque
fresca é a água que desliza pelas meias canas de pedra do regadio
os milhafres planam, escaravelhos indagam
cálido e perfumado
o colo do alvo pátio onde por segundos me resguardo)
mas já a hora solar se apressa, já os punhos se contraem
e o turbilhão de ideias e vozes
célere, se levanta.
13.3.07
Posted by blue at 12:30 da tarde
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6 comentários:
Gostei muito. Verdade!
assim como eu.
antónio:
acredito em ti. sempre.
obrigada, maria.
um poema solar. que falta fazia. mesmo se no fim os punhos se contraem.
cálido e perfumado
o colo do alvo pátio onde por segundos me resguardo)
.
.
.
______________________
belo.
belíssimo....fico tão feliz-....
beijo.
(Piano)
A sua poesia foi uma revelação, com mais duas, no máximo três, que a internet me trouxe em oito anos.
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