17.1.07

eis que hoje serenaram as palavras
devolvidas ao claro-escuro
desdobradas a preto e branco
pelos movimentos de um cenário reflectido na nossa memória,
local de estruturas devastadas,
corrompidas,
perdidas pelos amores de outras estórias.

as imagens,
burgos expurgados de vozes inauditas,
perpretam assim o eco do nosso olhar:

intenso como um só corpo recortado na minha pele,

forte como a dor de um único desejo,

destacando de todos os sentidos
apenas um sentimento ou tão somente um gesto,
revelando ausências,

falando, surdas,
de todas as mortes.

1 comentário:

margarete disse...

txiii... gosto tanto muito!

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