29.8.06


(guimarães, 15 de junho de 2006)

esse ponto de fuga para o granito crú de que se fez o burgo
onde pondera a passada e repousa o olhar
como se galgam os pedregulhos da colinas que o circundam

essa sede de pedra de quem só avista eucaliptos
onde houvera carvalhas, castanheiros, cerejeiras,
morangos silvestres

hesitando sobre qual laje partir para uma gargalhada desbragada
sobre que montra libertar um segredo
em que varanda abraçar uma criança

esse ponto de fuga que não é saudade
essa escrita que apaga o esquecimento.

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